Eterno regresso
Ah, quando nasci,
Deram-me por berço
Uma terra
Coberta de serras
Penedos tersos
Urze, mato florido
Um olival desmedido
Onde faziam fogueiras.
Veredas lajeadas
Cobertas de carvalhos velhos
E árvores fantasiadas
Pintadas de frescos verdes
Habitadas por mouras encantadas…
Tinha uma trotineta vermelha
Vinda de França,
Era um Pégaso a percorrer distâncias!
Nas asas do sonho decorreu
Toda a minha infância.
Depois, quando longe
Estive perto
Cansado, desperto,
Eras a minha Circe!
Hoje preciso de ti
Minha fonte viva
Tal mãe para o filho
Sonhando céus!
António Sousa
http://profantoniosousa.blogspot.pt
(Artigo em Construção)
![]() |
Busca incessante
Procuro a Liberdade
Como quem procura o Santo Graal
Beduíno ao encontro de água no deserto
Após longa caminhada,
Quando pensa estar perto,
Longe está do oásis local!
Olho o firmamento
E vejo toda esta liberdade cintilante:
O sol rutilante
A gaivota que abraça o céu
Com suas asas ao vento,
O mar livre totalmente!
No entanto, esta liberdade
É limitada e pungente!
O sol pôr-se-á para reaparecer,
O mar vazará para encher,
A gaivota descerá para comer,
O Homem conquistá-la-á
Eternamente,
Como o agricultor,
Que ano após ano,
Semeia para colher!
António Sousa