Dia 5 de maio de 2020, a Língua Portuguesa vê reconhecido o seu estatuto internacional e universal. Cito, então, Padre António Vieira «Floresça, fale, oiça-se e viva a Portuguesa Língua»
A partir desta «ode», o Português, alguns alunos e a biblioteca da Escola Conde de Arnoso do Agrupamento D. Maria II viveram desafios, para comemorar a grandeza e a ductilidade da nossa língua. Os alunos decidiram, a partir de sugestões, dar voz e expressividade ao silêncio de poemas, a fim de representar, através destes, todos os escritores que sulcam, nesta língua mágica, páginas assombrosas de vidas!?…
Eis o Flávio do 8ºI que dá voz ao poema «Quem és tu?» de Luísa Ducla Soares que, interroga sobre a vida, com a ironia da última estrofe, uma criança, um jovem e um adulto. O José Pedro do 8ºI traz consigo «O cercado» de Ana Paula Tavares (africana) de onde emana uma ternura extremosa na relação de uma mãe e uma criança, em que são recordados os atos e objetos mais simples e singulares. O Rafael do 8ºI vem com «Camões» de Miguel Torga que glorifica o génio e herói, símbolo da nossa língua. A Leonor do 9º F encanta com o enaltecedor poder das mãos na composição «As mãos» de Manuel Alegre que põe nas mãos de cada ser humano o mais maquiavélico(a) gesto/ação ou o mais digno e humano. Por fim, surge a Gabriela do 9º F com «A flor» de Almada Negreiros que dedica a William KamKwamba do Malawi que, com ele teve o privilégio de caminhar até à fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura.
Com eles, consagremos ainda mais a nossa língua, que percorreu mares e representa a nossa e outras pátrias.